O Acampamento Militar Romano da Lomba do Canho está localizado num planalto, sobranceiro ao Rio Alva, de onde se avista uma larga paisagem. O setor até agora identificado, forma um retângulo de aproximadamente 400 por 150 metros, expondo dentro de si estruturas que fazem antever um complexo arquitetónico importante com vários compartimentos, pátio interior e um sistema de drenagem de água.

O facto de ser uma estrutura que albergaria um numeroso conjunto de pessoas, torna  natural a existência de compartimentos onde funcionariam os vários serviços, necessários à realização das tarefas do dia a dia, como a preparação de alimentos, higiene pessoal, armazéns, espaços para dormir e outros;  é pois uma complexa e rica estrutura que permanece ainda em parte desconhecida.

As escavações realizadas nas várias campanhas que foram sendo feitas ao longo dos anos permitiu a recolha de um conjunto de peças museológicas, algumas quase únicas na Península Ibérica e que fazem do Acampamento Romano da Lomba do Canho um caso importantíssimo de estudo para a época. Os estudos realizados permitem dizer, do que se conhece até ao momento, que o acampamento terá sido de curta duração, provavelmente entre o segundo e o terceiro quartéis do século I a. C.

Teria como missão a proteção e controle dos minérios explorados na zona, nomeadamente no Rio Alva. A forma desordenada como o acampamento foi deixado, com os materiais espalhados em diferentes zonas deixa prever um abandono precipitado, não havendo, até ao momento informação credível sobre o que terá provocado esse abandono.

Os materiais recolhidos são na maior parte de natureza bélica, havendo, no entanto, peças em cerâmica e outros artefactos, necessários ao dia a dia dos ocupantes e que nos revelam sombras distintas de formas de viver, em tempos tão recuados.

 

O Castro da Lomba do Canho está classificado como Imóvel de Interesse público (IIP), pelo, Decreto nº 42 255, DG, 1ª série, nº 105 de 08 maio 1959.

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