Tipo de Terreno | Misto
Altitude Mínima | 175m
Altitude Máxima | 282m
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PR5 AGN Entre o Alva e a Ribeira da Mata
Percurso
O PR5 AGN une Coja à localidade de Barril de Alva ao longo do vale do rio Alva, através de caminhos florestais, com uma paisagem rural diversa em termos florísticos, litológicos e algumas curiosidades de arquitetura histórica. É possível também percorrer a planície aluvionar da Ribeira da Mata, até à localidade de Pisão, através da variante PR5.1 AGN. Opte também por caminhar através da PR5.2 AGN, até ao espelho de água do Rio Alva, na zona de lazer de Urtigal.
Localidades
Coja
A primeira imagem que ilumina o olhar de quem visita Coja, é o rio Alva e a majestosa ponte que liga ambas as margens. O Pelourinho Manuelino, que se ergue na Praça Dr. Alberto Valle, é o testemunho da importância que Coja teve no passado mas também do rico património arquitetónico, onde as casas dos Séc. XVII e XVIII e os edifícios religiosos, atestam um passado com história.
A designação “Princesa do Alva”, pela qual é conhecida, advém da importância que o rio Alva representa, como elemento fundamental no seu desenvolvimento ao longo dos tempos, em comunhão com a Ribeira da Mata que se junta ao “coração” da vila, onde as duas pontes de estilo românico formam um cenário irrepreensível. Toda esta harmonia, conjugada com a beleza natural dos açudes e praias fluviais, resultam num potencial turístico que faz de Coja um destino de eleição.
Barril de Alva
Não se conhecem registos anteriores a 1527, ano em que o Cadastro da População do Reino, realizado a mando do rei D. João III, referia que o Barril pertencia ao termo de Coja e contava 10 fogos.
No entanto, é bem possível que o povoado tenha crescido a partir do sítio de Casal Fundeiro, onde existia a Quinta de Santo António, da “família dos Freires, donos e senhores de muitas terras até ao rio…”, com brasão datado do Séc. XVII. Junto a esta localidade, na margem direita do rio Alva, ao atravessar uma ponte em granito construída no ano 1880, podemos encontrar o Parque de Merendas com churrasqueira e forno de lenha, onde existe uma fonte em forma de pipo, feito em granito, que se tornou um marco identificativo da aldeia de Barril de Alva.
No verão, podem ainda apreciar e usufruir da zona de lazer da Ponte onde é construída uma represa em madeira para alimentar a roda de alcatruzes que servia para regar os terrenos na margem do Alva. Também podemos desfrutar da Zona de Lazer do Urtigal onde, no que diz respeito ao aspeto paisagístico, se evidencia o açude, que cria um extenso espelho de água, sendo uma praia constituída por zonas de recreio atrativas, de água límpidas e areias claras. A área envolvente caracteriza-se por uma extensa zona arborizada com um espaço privilegiado de repouso.
Pisão
Esta pitoresca localidade é conhecida pelas suas ruas embelezadas com flores, as várias fontes que lhe dão uma característica singular e as casas senhoriais, das quais se destaca a casa de família de D. José Alves Mattoso.
Gastronomia
Muito conhecida pelas suas iguarias, acolhe tradições com saberes e sabores únicos, inspirados pelos antigos mosteiros e casas senhoriais. Algumas das principais iguarias que se pode apreciar é a chanfana, os torresmos, o cabrito assado, o bucho, bem como alguma doçaria, da qual se destacam a tigelada, as compotas, os licores, o arroz doce e a broa de batata. Estes produtos podem ser saboreados e adquiridos, nos vários restaurantes e pontos do comércio local.
Fauna e Flora
Esta zona do Vale do Alva encontra-se próxima da área de Paisagem Protegida da Serra do Açor (PPSA), sendo que ao longo das margens é possível encontrar algumas das espécies
da flora e fauna características desta área. Assinala-se a ocorrência de azereiro (Prunus lusitanica subsp. lusitanica), o azevinho (Ilex aquifolium) e loureiro (Laurus nobilis). Ainda em termos florísticos, importa destacar a presença de várias espécies da flora endémicas e/ou raras, como o Narcissus sp..
Outras espécies características da flora Portuguesa, comuns de serem observadas no percurso são pinheiro-bravo (Pinus pinaster), sobreiro (Quercus suber), carvalho-negral (Quercus pyrenaica), carvalho-alvarinho (Quercus robur), castanheiro (Castanea sativa), urze (Erica sp.), giesta (Cytisus sp.), tojo (Ulex sp.), medronheiro (Arbutus unedo), pilriteiro (Crataegus monogyna), carqueija (Chamaespartium tridentatum) ou silva (Rubus ulmifolius).Os biótopos existentes na zona possibilitam a existência de uma fauna diversificada e a ocorrência de alguns endemismos ibéricos. De entre os biótopos mais relevantes para a fauna destacam-se as florestas de folhosas, as galerias ripícolas, os matos e as áreas agrícolas e de olival. O inventário realizado na PPSA, identifica 423 espécies de invertebrados e 117 de vertebrados.
Como exemplo destacam-se a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica) com o estatuto de Vulnerável, no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, e um endemismo ibérico, da avifauna a águia-caçadeira (Circus pygargus), o açor (Accipiter gentilis) ou a coruja-do-nabal (Asio flammeus), nos mamíferos é muito comum o javali (Sus scrofa), o ouriço-cacheiro (Erinaceus europeus), ou a doninha (Mustela nivalis). Várias das espécies existentes encontram-se no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (Fonte: ICNF, 2013).
Grau de Dificuldade
O grau de dificuldade é representado segundo 4 itens diferentes, sendo cada um deles avaliado numa escala de 1 a 5 (do mais fácil ao mais difícil)
Tipo de Piso | 2
Esforço Físico | 2
Adversidade | 2
Orientação | 1